
Você já se perguntou se a nova aposta da Ubisoft, Assassin’s Creed Shadows, realmente vale o seu tempo e dinheiro? Em meio a tantos lançamentos e jogos com promessas grandiosas, será que esse novo capítulo da franquia entrega o que promete ou é só mais uma viagem nostálgica embalada por gráficos atualizados?
Neste artigo, a gente vai mergulhar fundo nessa nova aventura, explorar o que realmente muda em Shadows, e principalmente: se você, fã ou novato, vai se apaixonar ou se decepcionar. Vamos nessa?
Uma nova sombra se aproxima: O que é Assassin’s Creed Shadows?
Se você acompanha a franquia, sabe que ela já nos levou do Egito Antigo aos tempos vikings, passando por Grécia, Roma e até a Revolução Francesa. Agora, o cenário muda drasticamente: Japão feudal.
Sim, Shadows finalmente realiza o sonho de muitos fãs que pediam, há anos, um jogo da franquia em solo japonês. E não é à toa. O universo dos samurais, ninjas, clãs e códigos de honra é um prato cheio para a proposta do jogo. A Ubisoft ouviu — mas será que entendeu?
Dois protagonistas, duas experiências

Um dos destaques do jogo é a possibilidade de jogar com dois personagens principais: Naoe, uma ninja furtiva, e Yasuke, um samurai que realmente existiu na história japonesa.
Essa dupla oferece ao jogador duas abordagens de gameplay completamente diferentes:
- Com Naoe, o foco está na infiltração, stealth e agilidade;
- Já com Yasuke, a proposta é partir pra cima com combate pesado, espada na mão e armadura brilhando.
Essa alternância lembra um pouco o estilo de Assassin’s Creed Syndicate, mas com mais profundidade e diferenças reais entre os estilos. Aqui, a variedade de gameplay é um dos grandes trunfos.
Ambiente: Japão feudal nunca foi tão bonito
A ambientação de Shadows é de tirar o fôlego. Com paisagens inspiradas em cenários reais do século XVI, o jogo entrega um mapa rico em detalhes, cheio de florestas de bambu, vilarejos escondidos e castelos monumentais.
As estações do ano afetam a jogabilidade, algo que adiciona um tempero extra à experiência:
- No inverno, rastros na neve podem te denunciar;
- No outono, folhas caídas ajudam no camuflamento;
- Na primavera, os ventos podem esconder seus passos.
É uma imersão como poucas vezes vimos na franquia — e isso conta muitos pontos a favor.
Gameplay: o stealth voltou com força

Se você sente saudade do tempo em que o assassino era realmente um assassino (e não um guerreiro viking fortão), temos boas notícias. Shadows traz de volta o stealth refinado, com foco em:
- Se esconder nas sombras;
- Usar armadilhas;
- Mover-se silenciosamente por telhados;
- Executar alvos com precisão.
A famosa lâmina oculta retorna com destaque, e os cenários oferecem múltiplas formas de abordagem para cada missão. A liberdade é real — e isso devolve parte da essência perdida nos últimos títulos.
Sistema de reputação e escolhas
Outro ponto inovador é o sistema de reputação. Suas ações impactam como vilarejos e facções reagem ao seu personagem. Isso cria:
- Consequências reais para suas decisões;
- Missões exclusivas com base em suas escolhas;
- Dificuldade variável conforme sua fama.
Não estamos falando de um RPG completo, mas sim de um toque de profundidade que faz a diferença. Aqui, o jogador se sente mais parte do mundo — não apenas um visitante.
Gráficos e desempenho: impressionam ou decepcionam?

Visualmente, o jogo é um espetáculo. Luz e sombra foram trabalhadas com precisão, especialmente nas cenas noturnas. As animações de combate são fluidas e cinematográficas, e os efeitos climáticos ajudam a contar a história do ambiente.
No entanto, o desempenho depende muito da plataforma:
- Nos consoles da nova geração, o jogo roda com fluidez;
- No PC, é necessário uma máquina robusta para aproveitar tudo no ultra;
- No PS4 e Xbox One… nem pensar. O jogo é exclusivo da nova geração.
Trilha sonora e imersão cultural
Um dos maiores acertos está na trilha sonora, que mescla instrumentos tradicionais japoneses com sons atmosféricos modernos. A música embala o gameplay com elegância, ajudando a criar aquela sensação de estar vivendo um filme de samurai.
Além disso, o jogo respeita (na medida do possível) elementos históricos e culturais, trazendo:
- Referências a figuras reais como Oda Nobunaga;
- Participações de templos históricos;
- Rituais, vestimentas e arquitetura fiéis à época.
Claro, há licença poética — afinal, estamos falando de um universo de assassinos e conspirações. Mas o cuidado com os detalhes históricos mostra um carinho que muitos fãs vão notar.
Vale a pena jogar? Eis a pergunta final
A resposta curta: sim, vale a pena. Mas com algumas observações.
Se você busca:
- Um jogo com mundo aberto detalhado;
- Histórias com toque emocional e personagens marcantes;
- Alternância entre ação e furtividade;
- E um cenário inédito na franquia…
Então, Assassin’s Creed Shadows vai te conquistar.
Mas, se você espera algo radicalmente novo, talvez ainda se depare com mecânicas conhecidas e um pouco de “mais do mesmo”. Afinal, a Ubisoft ainda segue a cartilha de estrutura de mapa e missões que já vimos em Origins, Odyssey e Valhalla.
Pontos positivos e negativos resumidos
O que brilha:
- Ambientação japonesa imersiva;
- Gameplay duplo com estilos distintos;
- Retorno do stealth clássico;
- Sistema de reputação com impacto real;
- Visual e trilha sonora incríveis.
O que ainda pode melhorar:
- Algumas missões repetitivas;
- Estrutura de mundo aberto familiar demais;
- Dependência de hardware potente.
Então… Assassin’s Creed Shadows é para você?
Se você se emocionou com Ghost of Tsushima e sente saudade do estilo furtivo dos antigos AC, essa é a sua chance de reviver o espírito da franquia, mas com um tempero oriental irresistível.
Assassin’s Creed Shadows é aquele tipo de jogo que, mesmo não reinventando a roda, refina o que a série tem de melhor, entrega uma experiência sólida e mergulha o jogador em um universo rico em detalhes, história e combate. Se você ainda estava em dúvida, talvez seja hora de dar uma chance — e quem sabe, ser surpreendido.
Conclusão: o futuro da franquia começa nas sombras
Mais do que um jogo, Shadows é um recomeço silencioso da franquia. Uma tentativa de equilibrar tradição e inovação, sem se perder na própria sombra.
E aí? Você vai mergulhar nessa jornada? Ou vai esperar a próxima promessa da Ubisoft?
Seja qual for sua resposta, uma coisa é certa: o Japão feudal nunca esteve tão convidativo. E as sombras… nunca foram tão intrigantes.
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