Uma nova era de anti-heróis chegou ao MCU
Se você acompanha o universo cinematográfico da Marvel, com certeza já ouviu falar de “Thunderbolts”, o novo filme que coloca personagens secundários — e até controversos — sob os holofotes. Mas, afinal: Thunderbolts é um filme bom? Vale a pena assistir ou é só mais um projeto morno tentando surfar no sucesso dos Vingadores?
Neste artigo, a ideia é ir direto ao ponto — sem enrolação — mas com uma análise que te envolve. Vamos conversar sobre o que o filme realmente entrega e por que ele está dando o que falar.
Quem são os Thunderbolts?

Antes de tudo, é preciso entender o conceito da equipe. Os Thunderbolts são, em essência, um grupo de personagens que não se encaixam no padrão clássico de “herói”. Na verdade, muitos deles têm um passado sombrio ou motivações duvidosas.
No time do filme, temos nomes como:
- Yelena Belova (a nova Viúva Negra)
- Soldado Invernal (Bucky Barnes)
- Agente Americano (John Walker)
- Red Guardian
- Ghost
- Taskmaster
Não parece exatamente a Liga da Justiça, né? E essa é justamente a proposta: anti-heróis com passados conturbados e métodos questionáveis, unidos sob a liderança de Valentina Allegra de Fontaine, que claramente tem seus próprios interesses.
O tom do filme é diferente?
Sim. E isso é algo que pode dividir opiniões. Ao contrário dos filmes coloridos e cheios de piadas da Marvel, Thunderbolts adota um tom mais sombrio e introspectivo. Aqui, os personagens enfrentam não apenas vilões externos, mas também os fantasmas do passado e dilemas morais complexos.
Lembra da pegada de Esquadrão Suicida, da DC? Thunderbolts tenta fazer algo semelhante, mas com uma abordagem mais emocional e menos caricata.
O enredo prende a atenção?
Depende do que você espera. O roteiro é mais contido, quase como um drama de espionagem misturado com ação. O foco não está em salvar o mundo de um ser cósmico, mas sim em missões de alto risco, segredos governamentais e alianças instáveis.
Há cenas de ação? Com certeza. Algumas delas são extremamente bem coreografadas. Mas o que surpreende é o desenvolvimento dos personagens. A Marvel aqui parece querer mostrar que as cicatrizes internas podem ser tão perigosas quanto supervilões.
Destaques do elenco

Não dá pra ignorar o peso das atuações. Vamos aos principais:
- Florence Pugh (Yelena) continua brilhando, equilibrando humor e drama com naturalidade.
- Sebastian Stan (Bucky) entrega um Soldado Invernal mais introspectivo, lidando com traumas e dilemas éticos.
- Wyatt Russell (John Walker) volta ainda mais instável, o que deixa o público em constante tensão.
É nítido que o elenco entendeu a proposta do filme. Ninguém está ali só por obrigação contratual — e isso faz toda a diferença.
Ponto alto: a moralidade cinzenta
O que mais chama a atenção em Thunderbolts é que não há lados totalmente certos ou errados. Cada personagem age com base em suas próprias crenças, traumas ou códigos de conduta. Isso torna o enredo mais humano e, de certa forma, mais imprevisível.
Você começa odiando certos personagens… e depois se pega torcendo por eles. Isso é mérito de um roteiro que trabalha nuances e não subestima a inteligência do espectador.
Mas nem tudo são flores…
Claro, o filme não é perfeito. Há momentos em que o ritmo cai e o excesso de diálogos introspectivos pode cansar parte do público mais jovem, que talvez espere algo mais direto e explosivo.
Além disso, o vilão principal não é tão marcante quanto se esperava. Sua motivação, embora coerente, não tem o impacto de um Thanos ou de um Killmonger, por exemplo.
Outro ponto discutível é o aproveitamento desigual dos personagens. Ghost e Taskmaster, por exemplo, acabam ficando em segundo plano, o que é uma pena.
Thunderbolts é essencial para o MCU?
Essa pergunta é polêmica. Em termos de linha narrativa, Thunderbolts não é exatamente essencial — como foi Guerra Infinita, por exemplo. Porém, ele serve como ponte para novas fases da Marvel, especialmente em relação à nova abordagem da S.H.I.E.L.D., grupos secretos e a construção de um MCU mais político e realista.
Então, se você é fã de carteirinha, vale assistir sim. O filme adiciona camadas ao universo e pode surpreender em como tudo se conecta mais à frente.
Vale o ingresso?
Depende do seu perfil:
- Se você curte desenvolvimento de personagem, dilemas éticos e histórias mais adultas, vá sem medo.
- Se você espera batalhas épicas, piadas a cada 5 minutos e vilões megalomaníacos, talvez saia frustrado.
Thunderbolts não é um filme para agradar a todos. E isso pode ser justamente o que o torna interessante.
O que os fãs estão dizendo?
A recepção do público tem sido mista — o que já era esperado. Enquanto alguns elogiam a ousadia do roteiro e a profundidade dos personagens, outros sentem falta da leveza tradicional da Marvel.
Mas uma coisa é certa: ninguém sai indiferente do cinema. O filme provoca debate, divide opiniões e deixa no ar uma pergunta poderosa: até onde vai o limite entre herói e vilão?
Conclusão: Thunderbolts acerta mais do que erra?
Sim. Apesar de seus defeitos, o filme tem coragem de experimentar, o que é algo raro em franquias tão grandes. Ele entrega um novo olhar sobre personagens marginalizados e mostra que nem sempre é preciso salvar o mundo para contar uma boa história.
Thunderbolts pode não ser o filme mais “divertido” da Marvel, mas certamente é um dos mais reflexivos e humanos. E isso já é um baita mérito.
Uma última pergunta…
Se os heróis clássicos não existem mais ou estão desaparecidos, quem fica com o dever de proteger o mundo? Talvez, os Thunderbolts sejam a resposta menos óbvia… e mais necessária.
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