Se você assistiu à série The Last of Us e jogou o game, provavelmente notou: algumas coisas mudaram, e muito! Mas será que essas mudanças estragaram a história ou enriqueceram ainda mais o universo criado pela Naughty Dog? Vamos explorar ponto a ponto as principais diferenças entre o jogo e a série, e entender por que elas causaram tanto burburinho entre fãs de longa data e novatos no apocalipse fúngico.
A essência continua… mas o caminho é diferente
Antes de mais nada, vale deixar algo bem claro: a alma de The Last of Us continua intacta. Tanto no jogo quanto na série, acompanhamos a jornada emocional de Joel e Ellie por um mundo devastado por um fungo mortal. Mas a forma como essa jornada acontece muda, e não é pouco.
A série da HBO foi criada com a proposta de ser fiel ao jogo, mas com liberdade para aprofundar personagens, relações e eventos. Isso significa que muita coisa é parecida… só que com outro ritmo, outras escolhas e até mesmo novas perspectivas.
Diferenças que vão além da superfície
Vamos aos fatos. Abaixo, estão as principais mudanças entre o jogo e a série que mais impactaram a narrativa:
1. O início da pandemia é diferente
No jogo, o surto começa em 2013, e a história principal se passa em 2033.
Na série, o surto começa em 2003, com a trama se desenrolando em 2023.
Por quê? Essa mudança foi feita para aproximar o público atual do contexto da história — afinal, 2023 ainda está fresquinho na memória coletiva, não?
2. O episódio de Bill e Frank chocou (e emocionou!)
No jogo, Bill é um personagem amargo e solitário. Ele menciona Frank brevemente — um parceiro que o abandonou e morreu.
Na série, vemos todo o relacionamento de Bill e Frank, do início ao fim, em um episódio emocionante e poético.
Foi uma mudança corajosa? Sim. Funcionou? Definitivamente. Foi um dos episódios mais aclamados da temporada.
3. As infecções funcionam de outro jeito
No jogo, o contágio acontece principalmente por esporos no ar.
Na série, o contágio se dá por tendões fúngicos, que se espalham pela boca e até pelo solo.
Isso muda tudo? Não. Mas gera novas possibilidades visuais e evita cenas com personagens mascarados a todo momento.
4. Mais profundidade para personagens secundários
Na série, personagens como Sarah (filha de Joel), Henry e Sam e Tess ganham mais espaço. Suas histórias são ampliadas com mais tempo de tela, emoções e contexto.
No jogo, a ação é mais constante — o que, inevitavelmente, limita um pouco esse desenvolvimento.
5. Violência com medida certa
No jogo, a violência é muito mais intensa e constante — afinal, é um game de sobrevivência.
Na série, a violência existe, claro, mas aparece com mais propósito. Não é tiro pra todo lado a todo momento. Isso ajuda a focar no drama humano.
A relação entre Joel e Ellie: igual, mas diferente
Se tem um ponto que une jogo e série é a relação entre Joel e Ellie. Os dois personagens são o coração da história. Mas mesmo aqui, há diferenças sutis:
No jogo, Ellie é mais impulsiva, sarcástica e, em alguns momentos, ingênua.
Na série, interpretada por Bella Ramsey, ela é mais madura, e seu sarcasmo tem um tom mais ácido.
Quanto ao Joel, vivido por Pedro Pascal, temos um personagem menos brutal do que no jogo, mas ainda assim traumatizado, fechado e intenso.
Você pode preferir uma versão ou outra — mas não dá pra negar que ambas funcionam muito bem.
E o final? Igualzinho… mas com outra pegada
Atenção: alerta de spoiler!
O desfecho da primeira temporada segue o mesmo roteiro do jogo: Joel decide salvar Ellie, mesmo que isso signifique mentir para ela e impedir uma possível cura para a humanidade.
Mas enquanto no jogo temos um ritmo mais acelerado, a série dá mais espaço para o silêncio, os olhares e os sentimentos. É o mesmo final, mas com uma carga emocional ainda mais pesada.
Por que a série mudou o que mudou?
Essa é a pergunta que não quer calar. Por que mexer em uma obra tão bem-sucedida como o jogo?
Aqui vão algumas possíveis razões:
Adaptação de mídia: o que funciona bem em um game não necessariamente funciona em uma série.
Narrativas mais humanas: a série quis explorar o lado emocional dos personagens.
Público mais amplo: nem todos os espectadores jogaram o game. Era preciso criar algo acessível para novos fãs.
Tempo limitado: com apenas 9 episódios, escolhas difíceis precisaram ser feitas.
As mudanças dividiram opiniões?
Claro. Fãs mais puristas torceram o nariz para algumas alterações. Mas muitos elogiaram a coragem de reinventar sem destruir o material original.
No fim, The Last of Us da HBO conseguiu algo raro: agradar a críticos, conquistar novos públicos e manter o respeito dos fãs mais antigos.
A série trouxe algo a mais?
Sem dúvida. Com atuações impecáveis, uma trilha sonora poderosa (mantida do jogo, inclusive) e direção cuidadosa, a série entrega mais do que uma adaptação — ela entrega uma nova forma de sentir a história.
Você pode amar o jogo, amar a série, ou amar os dois. Mas uma coisa é certa: ambas as versões vão te marcar profundamente.
Curiosidades que você talvez não saiba
Neil Druckmann, criador do jogo, co-escreveu a série junto com Craig Mazin (de Chernobyl).
Alguns atores do jogo fazem participações especiais na série, como a dubladora original da Ellie, Ashley Johnson, que aparece como a mãe da personagem.
A segunda temporada vai adaptar The Last of Us Part II, com mudanças ainda mais ousadas previstas.
Vale a pena ver a série mesmo já tendo jogado?
Sim! Não pense que será só uma repetição do que você já conhece. A série traz novas camadas, interpretações e emoções. E para quem nunca jogou? É uma porta de entrada perfeita para esse universo fascinante.
Conclusão: qual é a versão definitiva?
Essa é a beleza de The Last of Us: não existe uma única versão definitiva. O jogo é intenso, imersivo e cheio de ação. A série é reflexiva, emocional e visualmente poderosa.
Seja jogando com o controle na mão ou assistindo no sofá, o que importa é a experiência que cada versão proporciona. E nesse sentido, ambas são obras-primas à sua maneira.
“A arte de adaptar está em transformar sem perder a essência. E The Last of Us conseguiu isso com maestria.”
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